Causas, sinais e maneiras de prevenção

O verão é uma das épocas mais aguardadas do ano, marcado por dias ensolarados e atividades ao ar livre. Praia, piscina, parques e passeios tornam-se parte da rotina, mas junto com a diversão surge a necessidade de redobrar os cuidados com a saúde da pele. A exposição prolongada ao sol, especialmente sem proteção adequada, pode causar queimaduras, manchas, envelhecimento precoce e aumentar significativamente o risco de câncer de pele.
Esse tipo de câncer é o mais comum no Brasil, representando cerca de 30% de todos os diagnósticos de tumores malignos no país. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são registrados aproximadamente 185 mil novos casos por ano. Para conscientizar a população, foi criado o movimento Dezembro Laranja, que busca alertar sobre os riscos e a importância da prevenção.
O que é o câncer de pele e quais são os tipos?
O câncer de pele ocorre quando há crescimento descontrolado das células cutâneas. Ele pode ser dividido em dois grandes grupos:
Melanoma: se desenvolve nas células responsáveis pela produção de melanina. É menos frequente, mas mais agressivo.
Não melanoma: o mais comum no Brasil, apresenta altas taxas de cura quando diagnosticado e tratado precocemente.
Dentro do grupo não melanoma, os principais tipos são:
Carcinoma basocelular (CBC): manifesta-se como uma ferida ou nódulo de evolução lenta. É o mais frequente e menos agressivo.
Carcinoma espinocelular (CEC): costuma aparecer em regiões como boca, língua e esôfago. Geralmente está ligado ao excesso de exposição solar ou ao uso de câmaras de bronzeamento artificial.
Fatores de risco

Embora a radiação solar seja a principal causa, outros elementos também podem favorecer o surgimento da doença:
Pele e olhos claros
Histórico familiar da doença
Uso de câmaras de bronzeamento artificial
Doenças de pele pré-existentes
Tratamentos com medicamentos imunossupressores
Vale lembrar que as crianças merecem atenção redobrada, pois estão mais expostas ao sol em comparação aos adultos.
Sintomas que merecem atenção
Os sinais mais comuns aparecem em áreas frequentemente expostas ao sol, como rosto, mãos, pescoço e orelhas. Entre os principais sintomas estão:
Manchas que coçam, descamam ou sangram
Pintas ou sinais que mudam de tamanho, cor ou formato
Feridas que não cicatrizam em até quatro semanas
Uma técnica bastante usada pelos dermatologistas para auxiliar na detecção precoce é o método ABCD:
A (Assimetria): uma metade da pinta é diferente da outra.
B (Bordas): contorno irregular.
C (Cor): variação de tons, como preto, marrom ou vermelho.
D (Diâmetro): lesões maiores que 6 mm são sinais de alerta.
A confirmação do diagnóstico só pode ser feita por um médico especialista. Portanto, ao notar qualquer alteração, é fundamental procurar um dermatologista.
Como se prevenir

Adotar medidas de proteção no dia a dia é a melhor forma de reduzir o risco de câncer de pele. Entre as recomendações mais importantes estão:
Usar protetor solar diariamente: mesmo em dias nublados, prefira produtos com FPS a partir de 30 e que protejam contra raios UVA e UVB. Reaplique a cada duas horas.
Evitar sol entre 10h e 16h: nesse período a radiação é mais intensa e prejudicial.
Fortalecer o sistema imunológico: manter uma alimentação rica em vitaminas A, C, D, E, zinco e selênio ajuda a reforçar as defesas do corpo.
Conclusão
Compreender os fatores de risco, reconhecer os sintomas e adotar medidas de prevenção são passos fundamentais para manter a saúde da pele e reduzir a chance de desenvolver câncer. Aproveitar o verão com responsabilidade garante não apenas diversão, mas também qualidade de vida.



